Se acompanhou a formação e desenvolvimento de alguém desde o ventre até agora, você tem todo o direito de julgar.
Se tem ideia dos traumas de infância, se sabe de suas perdas, se conhece as raízes de suas inseguranças e medos, julgue.
Caso tenha o conhecimento de todas as experiências de vida, se tem noção de como os pensamentos foram construídos, se esteve atento a cada aprendizado, pode julgar sem receios.
Se interpretou os elogios e críticas da mesma forma que esse alguém assimilou, o direito de julgar é todo seu.
Se sabe tudo o que se passa na cabeça desse alguém, se sabe das suas dores, ou se lembra de todas as palavras que já machucaram, julgue.
Muitos dos problemas que existem entre os relacionamentos humanos seriam evitados caso nos esforçássemos para entender as pessoas a partir do ponto de vista delas, e não do nosso.
Perdemos tanto tempo construindo julgamentos baseados nas nossas convicções para chegar a solução nenhuma, quando apenas o ato de ouvir o que as pessoas tem a dizer as proporcionaria o alívio na alma que tanto procuram.
Não sondamos pensamentos. Não conhecemos ninguém por completo. Não encaramos os problemas da vida da mesma forma que nosso próximo. Mas podemos ouvir, podemos ser o motivo dos sorrisos de alguém e o abrigo nos momentos de dificuldade.
Viver é complicado, para alguns não parece ser tão fácil. Procure contribuir o máximo para que as pessoas ao seu redor possam ter sua benevolência para que sejam estimuladas, e não o seu julgamento vazio, que as reprimem.